terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A EDUCAÇÃO E O CRESCIMENTO ECONÔMICO DO BRASIL

                                                                                                                                       Benilson Toniolo

O Brasil recebeu, no final do ano passado, o anúncio de que passa a ser a sexta economia do planeta, ultrapassando o Reino Unido, e atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França, pela ordem. Não é pouca coisa. A notícia, divulgada por uma organização inglesa de pesquisa econômica, serve para confirmar o espantoso crescimento do País em escala internacional, até bem pouco tempo atrás relegado à marginalidade e à irrelevância.
Para exemplificar melhor, basta dizer que recentemente recebemos a visita de representantes do FMI, não para trazer dinheiro, como no passado, mas para solicitar que emprestássemos dinheiro aos países desenvolvidos.
Apesar de as etiquetas das prateleiras dos supermercados teimarem em querer nos mostrar exatamente o contrário, o fato é que o Brasil está, sim, em um momento favorabilíssimo de sua História, do ponto de vista econômico. Daqui pra frente, cabe a nós continuarmos trabalhando, produzindo e colaborando para que esta não seja apenas mais uma efêmera “boa fase”, mas sim, e como parece ser, o cumprimento de nossa sina de ocuparmos definitivamente o lugar de grande nação, mais humana, mais justa e igual.
Mas há vários problemas que podem impedir nosso crescimento. E o mais grave deles diz respeito justamente à Educação. A falta de preparo técnico, o número insuficiente de profissionais qualificados para atender às demandas da alta tecnologia, o altíssimo índice de abandono de cursos e a precariedade verificada na qualidade do ensino básico da rede pública–principalmente nas disciplinas de português e matemática- representam um grande obstáculo para a escalada do crescimento.
Lamentavelmente, entretanto, a tomada de ações que preparem o País para o desafio do crescimento não parece ser prioridade do governo.
Sem que se resolvam os graves problemas que envolvem a Educação, através de um projeto a longo prazo que revitalize o ensino –principalmente o ensino básico- o País não terá como aproveitar a oportunidade que o crescimento econômico proporciona, e mais uma vez verá a caravana do futuro passar sem conseguir subir na carruagem.
Nada melhor que o início de um novo ano, ainda por cima eleitoral, para pensarmos com seriedade no assunto.

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